A liturgia de hoje é o ponto culminante do natal do Senhor, porque
indica o modo como se deu a encarnação do Filho de Deus e a que ela se
destina. Cristo assumiu todos os condicionamentos da humanidade, até
mesmo se submeteu à lei de Moisés, pela qual era regido o povo ao qual
pertenceu. Além do contexto histórico, geográfico e econômico, o
evangelho mostra que a vida terrestre do “Filho do Altíssimo” (Lc 1,32)
estava inserida em um contexto cultural e religioso particular. Também o
destaque dado ao tipo de sacrifício realizado por sua família (Lv
5,6-7; 12,6) manifesta que ele não somente assumiu nossa humanidade, mas
se fez pobre entre os pobres.
A festa da Apresentação do Senhor é bem antiga, e já houve tempo em
que era celebrada em 14 de fevereiro, quarenta dias após a festa da
Epifania (manifestação aos magos). Também já foi considerada como festa
mariana, com o nome de “Purificação da Bem-aventurada Virgem Maria”.
Mas, a partir das recentes reformas litúrgicas, o nome da festa foi
mudado para “Apresentação do Senhor” e ela passou a ser celebrada
quarenta dias depois do Natal. O novo título e data da celebração são
uma indicação mais correta da natureza e do objeto dessa festa, visto
que nesse dia a Igreja celebra um aspecto importante do mistério
salvífico, e não simplesmente um acontecimento da infância de Jesus.
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