História


 Em 1792, o Vigário de Patos, cônego Manoel da Costa Palmeiro, lançou os fundamentos da capela de Santa Maria Madalena do Teixeira e, em 01 de outubro de 1795, com terras compradas a Antonio de Araújo Franca e sua Mulher d.Jerônyma de Jesus Cavalcante, e a Manoel Lopes Romeu e sua Mulher Verônica Lins de Vasconcelos, foi Instalado o seu Patrimônio, sendo a Capela Inaugurada em 1809. Sucedeu-lhe o Padre Antonio Dantas Correia de Góes, filho do Capitão Anta. Era Capelão de Teixeira, que pertencia a Patos. Homem de Idéias avançadas e pacificas, porém muito caprichoso, prestou grandes serviços ao povoado. Rico, possuidor de terras e escravos, dedicava-se à agropecuária. Prudêncio, seu escravo, foi o primeiro condutor de carro de bois da Serra. Dizem que o Padre ajudou a desalojar o restante  dos Índios, cujos gentios, após saquearam terras nas Espinharas, refugiaram-se na Serra, onde tinham suas aldeias. No ano de 1846, chegou a Teixeira o reverendíssimo Padre Vicente Xavier de Farias, natural de Pombal, e ali fixou residência. O povoado foi elevado a categoria de freguesia em 1857: Art1º- Fica erecta em matriz a capella de Santa Maria Magdalena  da Serra do Teixeira da freguesia da Villa de Pattos.
     Seu primeiro Vigário, o Padre José Geminiano Pereira Régis, foi empossado por provisão do visitador Francisco de Holanda Chacon, pelo Padre Vicente Xavier, em 21 de dezembro do mesmo ano.Apesar  do Padre Geminiano Régis,Homem manso e pacato ter assumido a freguesia de Teixeira, o padre Vicente Xavier continuou a desenvolver seu trabalho na Vila, na condição de vigário colocado. Era uma espécie de pacificador nas lutas  provocadas pela política local. Um Fato marcante, ocorrido em 1862, retrata bem a fé dos teixeirenses na sua Padroeira. Um surto de cólera devastou quase todo os estado. O comerciante José Antonio  de castro fez-lhe uma prece para que a moléstia não atingisse Teixeira . Prometia dar à Igreja uma Imagem de Santa Maria Madalena, do Tamanho de uma pessoa. Teve o seu pedido atendido, pois o sitio esteve cerca  de duas léguas e a região ficou a salvo do Flagelo. A promessa foi cumprida, a imagem foi colocada no altar. A santa pequena foi posta na sacristia e hoje sai pelas ruas da cidade e sítios em peregrinação. Substituiu ao Padre Geminiano o cônego Bernardo de Carvalho de Andrade, que tomou posse em 07 de julho de 1861, por sua provisão do então  visitador da província eclesiástica, Padre Jerônimo Cavalcante de Albuquerque, ato presidido pelo padre Geminiano. Cônego Bernardo  nasceu na fazenda Maturéia, hoje município, no dia 20 de julho de 1833. No sítio teve grande destaque na produção de soja, até um alemão veio a Teixeira saber. Em 1888, vitima de severos vilipêndios  dos adversários políticos, não suportando mais a sua permanência em Teixeira, retirou-se para vitória de Santo Antão, no vizinho estado de Pernambuco, onde assumiu a paróquia por vinte anos. Com a Saída do Cônego Bernardo, foi empossado o pároco da freguesia de Teixeira o padre Vicente Xavier, que ficou no cargo até 1905. Sucedeu-lhe o padre Florentino Barbosa, natural de Desterro. Em 1902, a paróquia de Santa Maria Madalena recebe a visita do D.Adaucto de Miranda Henriques, arcebispo da Paraíba.
Um episódio religioso Merece destaque. Ocorreu em 1905, quando a comunidade Cristã, num mutirão de fé em torno de sua padroeira, invocava a proteção para livrar a cidade do surto de varíola que assolava as Espinharas. Milagrosamente, Teixeira ficou livre da epidemia. Em 1907, a vida religiosa foi marcada por dois episódios lamentáveis: a igreja foi invadida por um grupo de cangaceiros, e a 13 de dezembro faleceu o padre Vicente Xavier, aos 85 anos. Em 1911, padre Vicente Rodas celebra a primeira missa em sua terra natal, e em 1912, e nomeado pároco de Teixeira. O padre Rodas, como era chamado pertencia à família dos Baptistas. Era um homem puro e, apesar de conservador, era muito dinâmico. Em 31 de Maio de 1914, criou a associação das Filhas de Maria, com a adesão de um grande número de moças da cidade e do campo. Em 1915, inaugurou o Salão da Conferência de São Vicente de Paulo.  Em 1916, o padre Rodas foi nomeado cônego e, em 29 de Agosto instalou a Irmandade dos Santos Anjos. Padre Rodas permaneceu como Pároco até 1929, Em outubro de 1922, foi iniciado o trabalho de reforma da Matriz, tendo sido celebrada a ultima missa no antigo altar-mor em 11 de outubro. Os recursos financeiros agenciados desde o ano de 1913 em que o Padre Frei Martinho pregou uma frutuosa missão na sede da freguesia eram de três contos de réis aproximadamente. Foi convocado uma reunião das pessoas mais importantes da vila , renovando às idéias de tantas vezes enunciada sobre a necessidade imprescindível da  reforma da matriz e apelando para a sua generosidade convidando-os a abrirem uma subscrição para o desejo fim. O resultado foi o aumento  em quase dois mil contos de réis. O fim dos trabalhos aconteceu  no mês de outubro de 1927. Dentro dos donativos recebidos o mais importante foi o de Dario Ramalho, que costeou as despesas com a construção do novo altar-mor, acrescido com a doação do terreno compreendido entre a propriedade ‘’caipira’’ do Senhor Francisco Manoel Ribeiro Barros e o terreno do patrimônio (lado poente). Os principais realizados foram: abertura de 14 arcos, a construção dos altares de Nossa Senhora das Dores, São Sebastião e Santo Antonio, a Reforma completa do teto e forro, o acréscimo da Nave com as partes compreendidas entre as torres e o necessário afastamento do coro para esta parte, piso de mosaico da capela-mor, a instalação da nova sacristia, a nova pia batismal e a aquisição das imagens de Nossa Senhora das Dores, São Sebastião, São José e São Miguel. A Imagem de Santo Antonio foi um donativo de D. Maria Augusta Dantas Wanderley e o Sacrário foi donativo de D. Ernestina Dantas.
Outros Trabalhos.
     Em 26 de julho de 1933 foi iniciada a pintura externa da matriz. Em 1937 foi instalada na cidade a escola para o sexo Masculino com o nome de Padre Vicente Xavier e outra escola para o sexo Feminino com o nome do Cônego Bernardo. Em 22 de Julho de 1937 foi lançada a pedra fundamental da torre da Matriz com grande festividade. A construção durou três anos, pois anualmente era Interrompida a construção devido ao Inverno.


Vigários de Teixeira

1-Padre José Geminiano Pereira Régis- 1853 a 1861
2- Padre Bernardo de Carvalho Andrade- 1861 a 1888
3- Padre  Vicente Xavier de Farias- 1889 a 1905
4- Padre Florentino Barbosa Ferreira- 1905 a 1907
5- Padre Antonio Ramalho- 1907
6- Padre Joaquim Alves Machado- 1907 a 1909
7- Padre Florentino Floro Diniz- 1909 a 1912
8- Padre Vicente Ferreira Rodas- 1912 a 1930
9- Padre Antonio Trigueiro- 1930(apenas 15 dias)
10- Padre Sebastião Rabelo- de Janeiro a dezembro de 1930
11- Padre João Leite- de Janeiro até setembro de 1932
12- Padre Zabulon Pereira de Lira- de 28 de setembro de 1932 à  outubro de 1934
13- Padre Francisco Lopes- 1933 a 1934
14- Padre João Leite-1934 a 1936
15- Padre Pedro Maria Serrão- 1937 a 1947
16- Padre João Madrugada – 1947 a 1949
17-Padre João Noronha- 1949 a 1951
18- Padre Júlio de Freitas Costa- de agosto até novembro de 1951
19- Padre Boleslau Biernaski- 1952 a 1959
20- Padre Gerardo Cremerks- 1959 a 1965
21 Padre Boleslau Biernaski- 1965 a 1992
22- Padre Espedito Caetano da Silva- 1992 a 2002
23- Padre Francisco das Chagas Silva- 2002 a 2006
24- Padre  José Nildo Lopes- 2006 a 2014.
25- Padre Pedro Custódio da Silva- 2015 até a presente data.

Fonte de pesquisa: Maria do Socorro Xavier - Arquivo Paroquial- Arquivo Particular do autor- Antônio Eudes Filho- site: WWW.teixeirapb.com.br

Texto: José Leudo Farias Alves




Antiga Capela de Santa Maria Madalena



Atual Templo de Santa Maria Madalena.









PASCOM PAROQUIAL.

Um comentário:

  1. Padre Serrão foi quem me batizou em 1940; Fiz a primeira comunhão em 1949 com pe, Madruga na capela de Matureia (N,S. da Conceição.

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